fora de área

Garotos soridentes eram. Em direção à um campeonato de skate em Lauro de Freitas, domínio esse completamente desconhecido por todos eles nos idos de 2002.
Se não me falha a memória eram quatro novamente: Adriano, César, Lucas, e Zamir.
O evento, aos olhos animados dos rapazes estava sensacional. Depois de muitas piruetas, rodopios, derrapadas e claro, tombos memoráveis, resolveram fazer o caminho de volta para o refúgio soteropolitano.

Infelizmente as ruas que antes pareciam tão convidativas se tornaram ameaçadoras e sombrias, mas não deixaram se abater muito por isso, fingiram uma tranquilidade nervosa e continuaram caminhando, só que agora cinco vezes mais rápido.
Não que tivessem muitas opções, já que não adquiriram muitos conhecimentos sobre a área enquanto torciam para os skatistas se estabacarem no chão.

Seguindo as pedras amarelas já se viam à caminho de casa, só que de supetão passou por eles um sujeito de bicicleta, e mais um logo atrás. Quando começaram a desconfiar que algo não estava bem, os suspeitos ao chegarem no final da rua fizeram um retorno malandro e voltaram na direção deles.
Resolveram então correr, quando se deram conta já estavam cercados por oito marginais embicicletados.

Slow motion ligado, César toma um soco de raspão, Zamir empurra um marginal da bicicleta e sai correndo heróicamente, todos desembestam por suas vidas, no meio do caminho reparam que Adriano ficou para trás.
Resolvem não deixar o coitado sozinho e voltam para ver o que estava a prendê-lo.
A situação não era nada boa, Adriano se vê encurralado por um elemento de faca na mão e o restante da gangue do meliante o espera inpaciente.
Adriano e Zamir se olham, este último vira-se pro restante dos bandidos e pede calma, ao retornar seu olhar pro amigo, este já se encontra irremedialvemente de cueca. Zamir secretamente gargalha por dentro. Os facínoras somem na noite.

O restante dos amigos se encontram, estão todos bem, e depois de alguns xingamentos ao vento, todos gargalham juntos.

Adriano nem tanto.